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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010




Preparação do Candidato de Alto Rendimento.

Teoria Geral do Tuctor (1ª Lição)

Este post traz uma das primeiras lições de um conjunto de idéias que compõe a Teoria Geral do Tuctor. Conceitualmente, uma teoria geral envolve a abordagem de um objeto de estudo, a partir de conceitos centrais e periféricos, voltada à compreensão e descrição lógica de determinados fenômenos.

No caso da Teoria Geral do Tuctor, a presente construção consiste numa reunião de conceitos, cientificamente desenvolvidos e empiricamente concebidos e aplicados, direcionados ao estudo, compreensão e gestão do processo de preparação para o concurso público ou algum exame oficial. Trata-se da cartilha do Candidato de Alto Rendimento, ou seja, aquele candidato que empreende a sua preparação com planejamento, estratégia, eficiência e racionalidade.

Destaco, desde já, que estarei publicando no Blog outros textos voltados à apresentação da Teoria Geral do Tuctor, enquanto proposta metodológica descritiva da postura do Candidato de Alto Rendimento. Além disto, a presente construção também será apresentada por meio de um livro e ebook que serão lançados em breve.

Mas considerando o objetivo do presente texto, o qual envolve uma primeira lição importante do conjunto que compõe a TGT (Teoria Geral do Tuctor), uma noção inicial fundamental envolve a compreensão da importância do tempo na preparação para o concurso público. Segundo alguns estudiosos da gestão de projetos, o tempo consiste numa das variáveis mais importantes. Conforme aponta a maioria das pesquisas sobre o tema, mais de 50% dos projetos não são concluídos no prazo, o que decorre de uma inadequada gestão do tempo, podendo gerar graves conseqüências.

No caso do concurso público, gerenciar o tempo de forma inadequada tende a implicar na não conclusão do planejamento da preparação no prazo inicialmente previsto. O Sistema TUCTOR, enquanto uma ferramenta única e inédita, conta com funcionalidades que indicam ao candidato-usuário uma estimativa de data de conclusão do seu plano de estudos, caso desenvolva a execução conforme os parâmetros com os quais se comprometeu. O sistema também conta com uma funcionalidade que permite ao usuário alterar a data de conclusão pretendida, sendo que, a partir da nova pretensão, é indicado o que precisa ser modificado para tanto.

Recentemente, estava dando aula para uma turma de Procurado Federal. Era precisamente o dia 22 de janeiro deste ano de 2010. O edital do concurso havia sido publicado no dia 19 de janeiro, tendo inicialmente marcado – para a surpresa de muitos, a prova no dia 13 de março. Ou seja, faltavam precisos 49 dias até a prova.

Daí perguntei aos alunos o que iriam fazer até lá, isto é, como iriam estudar. Alguns tinham definido o que estudariam, mas outros não. Alguns fariam revisão, outros iriam estudar o que ainda não tinham enfrentado, considerando o conjunto de matérias e conteúdos previstos no edital. Daí, para este último grupo, fiz a seguinte pergunta: mas é viável a conclusão do conjunto de matérias e conteúdos que pretendem estudar? Vocês irão conseguir concluir estes estudos? Afinal, faltavam menos de 2 meses até a prova.

E se fosse cobrado na prova um tema que foi não estudado pelo esgotamento do tempo? E se este mesmo assunto cobrado e não estudado fosse determinante para o não alcance da pontuação necessária à aprovação? No caso, entendo que poderíamos afirmar que a causa da reprovação teria sido a inadequada gestão do tempo voltado à preparação. Ou seja, que aqueles candidatos deixariam de se tornar Procuradores Federais pela falta de gestão do tempo.

Esta compreensão demonstra a importância da adequada gestão do processo de preparação, bem como de uma ferramenta que auxilie o candidato neste sentido. Portanto, tão importante quanto a gestão da eficiência do processo de apropriação da informação, ou seja, da aprendizagem, é a gestão do tempo.

Conforme venho sustentando nos textos voltados à abordagem da estratégia de realização de provas (Estratégia de Realização de Provas Objetivas), diante de uma prova, temos inicialmente duas possibilidades igualmente distribuídas, sendo 50% para cada: ou se estudou o conhecimento objeto da questão, ou não se estudou. Diante da primeira hipótese, desdobramos a situação em outras duas possibilidades igualmente distribuídas: ou se lembra ou não se lembra. Assim, em tese, para que o candidato tenha a disponibilidade da informação solicitada, o primeiro requisito é que tenha estudado, isto é, se submetido a um processo de apropriação.

E para que o candidato estude todos os conhecimentos e informações passíveis de serem solicitados no momento da prova, é fundamental que promova uma adequada gestão do tempo e da execução do seu planejamento de estudos.

Gerir o tempo não consiste apenas em organizar cronogramas, tarefas e horários. Gestão do tempo consiste na estruturação de um minucioso e detalhado plano, bem como no monitoramento da sua execução.

Vale lembrar que o objetivo de qualquer preparação é ter a disponibilidade do conjunto de informações e conhecimentos passíveis de serem solicitados no momento da prova. Conforme esta lógica, o referido objetivo precisa ser encarado como um empreendimento de natureza cognitiva e intelectual.

E neste empreendimento, a meta primária deve consistir na conclusão do programa previsto no edital. Vale destacar que o programa consiste num dos elementos estratégicos do planejamento da preparação. Assim, enquanto opção estratégica, o candidato pode até não ter como meta a conclusão de todo o programa do edital. Trata-se de uma opção estratégica do candidato, a qual deve ser pensada e avaliada.

Num próximo post estarei tratando do referido assunto, inclusive trazendo uma idéia voltada à montagem estratégica do programa, a qual venho desenvolvendo juntamente com um Candidato de Altíssimo Rendimento, chamado Márcio Omena, que faz parte de um grupo de estudo de candidatos ao concurso de Procurador da República, e está em vias de publicar um livro no qual parte destas idéias são trabalhadas.

Mas independente da opção estratégica quanto aos contornos do programa, este deverá ser estabelecido e estar presente no planejamento da preparação. Além de estabelecido, deve-se ter como objetivo a conclusão do seu estudo.

Para tanto, ou seja, para o alcance da finalidade de conclusão do estudo do programa, é preciso estruturar um plano, monitorar a sua execução, de modo a promover a adequada gestão do tempo, bem como considerar algumas compreensões fundamentais:

1º – é preciso analisar a viabilidade da conclusão do plano de estudos estabelecido. Esta avaliação deve ser realizada com o fim de apurar as condições efetivas de conclusão até a data da prova, levando em conta os seguintes fatores: data da prova, condições do candidato (horas de estudo por semana) e programa (fontes de estudo, matérias, conteúdos e tempo por unidade de estudos). O Sistema Tuctor desenvolve a mensuração de todas estas variáveis;

2º – não sendo viável, é preciso trabalhar com os seguintes elementos:

- aumento da quantidade de horas de estudo por semana;

- rever as fontes de estudo, de modo a diminuir a quantidade de unidades de estudos ou o tempo por unidades de estudos;

- ser seletivo em relação ao objeto do programa, ou seja, cortar matérias ou conteúdos;

3º – é preciso monitorar a execução do plano de estudos, de modo a estar permanentemente avaliando se será viável a conclusão no momento adequado, ou seja, se os indicadores de desempenho apresentados pelo TUCTOR estão conforme os indicadores de metas de desempenho, também apresentados pelo sistema.

Outro aspecto de grande relevância, principalmente para os usuários do Sistema TUCTOR, envolve duas preocupações fundamentais. A primeira consiste em saber mensurar bem o tempo por unidade de estudo, preocupação de enorme importância para a adequada e precisa montagem do plano de estudos. Outra preocupação consiste em dispor de alguma margem de segurança, inclusive para contar com algum tempo voltado às revisões.

Não obstante todas a considerações traçadas, o fundamental mesmo é que o candidato consiga concluir o seu plano de estudos. Conforme esta lógica, o que tende a ser inadequado é chegar na data da prova sem terminar o que foi planejamento.

Tendo concluído o planejamento da preparação e ante a eficiência do processo cognitivo, sem dúvida alguma, o candidato estará viabilizando todas as condições para ser aprovado.


Sucesso e bons estudos!

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