O S.O.S Concurseiro escolheu uma candidata a concurso Público para participar de um “reality show” dos concursos, um especialistas em concursos e uma psicóloga orientaram a candidata em planejamento de estudos e na preparação psicológica para conseguir alcançar o seu maior objetivo, que é ser uma servidora pública.
A história da candidata foi contada todas as segundas-feiras no blog do S.O.S Concurseiro e nas edições do Eu, concurseiro, do Correio Braziliense.
Veja abaixo o “reality show” na integra.
19 abril 2010 09:00
Concursório: auxílio aos candidatos
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O Consultório do Concurseiro do blog virou Concursório. A coluna que responde as dúvidas e dá dicas para os candidatos terá um reforço a mais. Profissionais experientes vão responder às perguntas e orientar quem quer fazer concursos públicos.
Para começar e inspirar essa nova fase, o S.O.S Concurseiro escolheu Helga Oliveira, uma bibliotecária de 27 anos que está "perdida" e precisa de orientação para seguir conquistar a tão desejada vaga no serviço público.
A história de Helga será contada todas as segundas-feiras aqui no blog e nas edições do Eu, concurseiro, do Correio Braziliense. Não deixe de participar.
19 abril 2010 09:15
Quem é quem
Helga Oliveira
27 anos, é bibliotecária desde 2007 e quer trabalhar como analista judiciária no Supremo Tribunal Federal (STF). Nos últimos dois anos, fez mais de 10 provas de concurso, sem ser aprovada dentro do número de vagas. Ela mora com os pais no Cruzeiro e quer, entre outras coisas, a independência financeira. Como não está trabalhando, tem disponibilidade integral para estudar.
Sabrina Ferroli
34 anos, é psicóloga, coach ontológica e consultora empresarial. Especializou-se no desenvolvimento de líderes e em programas de treinamento vivencial. Acredita que, ao definir metas e motivações, o coach pode auxiliar os concurseiros nas questões emocionais. Tem um MBA em gestão de RH, pós-graduação em dinâmica enérgica do psiquismo e experiência de mais de cinco mil horas de atendimento.
Rogerio Neiva Pinheiro
34 anos, é juiz do trabalho, professor universitário e de cursos para concursos e exame da OAB. Chegou a atuar como advogado da União e procurador do Estado do Goiás até tomar posse como juiz do trabalho, em 2002. É pós-graduado em direito público e está se especializando em psicopedagogia. Lançou, em 2009, o livro Concursos públicos e exames oficiais: preparação estratégica, eficiente e racional, e o Sistema Tuctor, ferramenta virtual para coordenar os estudos
19 abril 2010 09:31
Helga no divã
Passar em concurso público não é tarefa fácil: apostilas para ler, aulas para assistir, exercícios para resolver e provas, muitas provas. Uma rotina árdua que os concurseiros conhecem bem, mas nem sempre sabem como coordenar o ritmo dos estudos com as emoções. Realidade que a bibliotecária Helga Oliveira, 27 anos, conhece há dois anos, e está disposta a sair vitoriosa. Ela foi escolhida pelo S.O.S Concurseiro para receber a ajuda do juiz do trabalho Rogerio Neiva, especialista em técnicas de estudo, e da coach Sabrina Ferroli, na nova coluna do blog, oConcursório.
Até junho, o Concursório vai acompanhar as dificuldades e as soluções encontradas por Helga para chegar mais perto do seu objetivo: ser analista judiciária do Supremo Tribunal Federal (STF).E ela não fará isso sozinha. De um lado, Rogerio vai traçar as diretrizes e o cronograma de estudo. De outro, Sabrina vai ajudá-la a sintonizar a vontade com a ação, fortalecendo as motivações e administrando o emocional. “É muito bom ter esse reforço, mesmo sabendo que o sucesso depende muito mais de mim”, diz a concurseira. O desenrolar dessa história será contado todas as segundas-feiras no blog e nas próximas edições do Eu, concurseiro.
Trajetória
Helga formou-se em biblioteconomia em 2007. Por seis meses tentou em vão conquistar uma vaga no mercado de trabalho. “Fiz estágios durante a faculdade e nem pensava em concurso, achei que não seria difícil conseguir um emprego quando me formasse. Não foi bem assim, desanimei com o que encontrei”, conta. Na iniciativa privada, os bibliotecários ganham em média entre R$ 1,5 mil e R$ 2,5 mil, remuneração que Helga considera insuficiente para o custo de vida de Brasília. “Cheguei a encontrar empresas que queriam pagar R$ 800 para trabalhar 40 horas por semana.” Os valores são bem diferentes no setor público. Uma vaga de bibliotecário no STF oferece inicialmente R$ 5.484.
Depois de desistir de distribuir currículos, Helga matriculou-se em um curso básico para concursos e começou a fazer provas. “Lia a teoria, fazia alguns exercícios, acreditava que sabia a matéria mas, na hora de corrigir o gabarito, não tinha conseguido acertar quase nada”, lembra. Ao longo de dois anos, foram mais de 10 seleções sem conseguir ficar entre o número de vagas previstas no edital. “Fiquei sem saber o que fazer. Tão cansada que a leitura não fazia mais sentido.”
Pedido de ajuda
Foi nesse momento que Helga pediu ajuda ao S.O.S Concurseiro. “É extremamente frustrante ver meus amigos, colegas, conhecidos passando em concursos e eu não. Falta-me algo, mas não sei exatamente o que é”, dizia o texto enviado por e-mail. Ao saber da história, o professor Rogerio Neiva e a coaching Sabrina Ferroli aceitaram o desafio de orientar Helga.
As estratégias de ação foram definidas nos dois primeiros encontros. A bibliotecária decidiu prestar concursos só para sua área de formação e, a partir disso, montar um cronograma baseado em uma ferramenta virtual elaborada por Rogerio, o Sistema Tuctor. “Ela está em um estágio inicial de preparação, apesar do tempo que se dedica a isso. O que não é completamente negativo, já que podemos começar o planejamento sem os vícios comuns de quem se prepara há muito tempo”, diz o juiz, aprovado em mais de cinco seleções.
Na reunião com Sabrina, a concurseira assumiu algumas fraquezas, como a falta de disciplina e a ansiedade, pontos negativos que deverão ser combatidos. “Ela vai ter que aprender a manter o foco e assumir a responsabilidade de sua escolha. São tarefas difíceis, mas não impossíveis”, avalia a coach. Helga está motivada e disposta a aproveitar ao máximo as dicas ensinadas. “Estou empolgada e otimista com os resultados. Vou me empenhar e seguir as recomendações dos profissionais”, promete.
23 abril 2010 12:48
Dúvidas dos concurseiros
Alguns leitores mandaram suas dúvidas por e-mail ou comentários. Abaixo as respostas:
Achei maravilhosa a atitude de ajuda à companheira de estudo. Gostaria de saber qual é a melhor estratégia de estudo, já que estou estudando para o concurso do MPU e não sei se devo dedicar-me a uma disciplina de cada vez ou separar momentos de estudo para cada uma. Qual é a melhor forma de estudo?!?
Cinthya Marília
Cinthya,
Você deve se perguntar primeiro qual a melhor forma que você assimila o conteúdo. A princípio, como o edital ainda não saiu, creio que você pode se dedicar a cada disciplina e, quando for repassar a matéria e resolver exercícios, crie uma grade com as disciplinas e os horários que tem disponíveis para estudar.
Espero ter ajudado. Se tiver novas dúvidas, me mande.
Vou começar um curso básico para concurso e gostaria de saber de vocês por onde eu começo, pois estou um pouco confusa Sou profissional liberal e estou buscando estabilidade.Tenho como meta os tribunais. Qual a dica de vocês? Li a históia da Helga e fiquei interessada. Agradeço a atenção.
Landecy (por e-mail)
Landecy,
Você deve começar pelas matérias básicas dos concursos: direito administrativo e constitucional, português (gramática, redação e interpretação de texto) e racicínio lógico. Parece pouco, mas são disciplinas bastante amplas.
Minha sugestão é que você comece a ler a teoria - no caso de direito, já interpretado - e depois faça exercícios de cada assunto, nesse momento pode usar provas anteriores de tribunais. Se houve dúvidas ou erros, volte à teoria e reforce o conhecimento.
Um abraço
Olá Letícia,
Sou um visitante diário de seu blog e, por isso, li a matéria da Helga e adorei o laboratório que ela está fazendo com o juiz do trabalho Rogerio Neiva, especialista em técnicas de estudo, e da coach Sabrina Ferroli. Gostaria de receber um cronograma de estudos diário e questões a serem resolvidas, tempo de estudos e quantidade de matéria. Me chamo Miguel, tenho 39 anos, casado, dois filhos, trabalho de segunda a sexta das 08 às 17 horas, e como todos os concurseiros, eu também tenho um sonho (ser delegado federal). Tenho 3 anos de formado, fiz vários cursinhos ( LFG, Marcato e Praetorium), e já prestei vários concursos para delegado estadual, e aguardo o tão esperado DPF. No mais, agradeço sua atenção, e obrigado pelo blog que tem me ajudado muito ultimamente.
Miguel Dutra Junior (por e-mail)
Miguel,
Obrigada por acompanhar o blog. Fico muito feliz com esse retorno. É um pouco complicado te mandar um cronograma pronto, mas posso te dar dicas de como você monta um. Ai, você faz a tabela e me manda para ver se é necessário fazer alguma alteração.
Vamos aos passos:
- Quais são as disciplinas e qual sua intimidade com cada uma delas? (quais acha mais fácil, mais difícil, o quanto tem de conhecimento de cada uma).
- Qual sua disponibilidade para estudar durante a semana e no fim de semana?
Esses são os passos iniciais. Aguardo sua resposta e ai vamos montar juntos seu horário de estudos, ok?.
Um abraço
Estou querendo pegar carona com a Helga acompanhando sua trajetória para passar em um concurso.Formei em contabilidade pela UDF em 2006. Será que tenho chance em passar em concurso nesta área? Vou retomar os estudos imediatamente, mas quero saber se esta área é muito concorrida. É primeira vez que acesso o blog concurseiro solitário e amei. Me incentivou mas estudar sozinho precisa determinação e eu não sou determinada nem organizada mas quero mudar já. Como devo começar? As provas são realizadas pouco tempo após a inscrição. Será que começando agora até o final do ano consigo essa facanha? Encontro acompanhamento grátis em algum lugar? Trabalho de 8 às 17h diariamente e, de quebra, sou mãe de família, mas tenho acesso a internet e disponho tempo noturno e aos finais de semana. Me oriente por favor. Ah! disse não sou determinada mas todo projeto q comecei conclui mesmo a duras penas.
Abraços, Maria Inês. (por e-mail)
Olá Maria Inês,
Vamos por partes! A primeira pergunta que faço para pessoas como você é: porque quer ser servidora pública? Aonde você quer chegar trabalhando para o governo? Pergunto isso porque muitas pessoas pensam que é só fazer a prova e se sair bem. Claro que os salários e a estabilidade são atrativos inegáveis, mas a realidade vai muito além disso. Também é importante saber o quanto você está disposta a abrir mão para estudar e se você já fez isso antes. Pense a respeito.
Respondendo mais diretamente seus questionamentos, a área contábil tem várias vagas em concursos. Não se preocupe com isso. Quanto à concorrência, você deve ignorar. A maior concorrente é você mesma. Pessoas querendo um espaço na folha de pagamento do governo nunca vai faltar, mas e a qualidade desse pessoal? Você sabia que concorrência real, na maioria dos casos, é menos da metade dos inscritos? Só de abstenção, a maioria das seleções tem cerca de 20%.
A minha maior dica é: escolha um concurso, liste as disciplinas, liste suas atividades e horários disponíveis. Pegue tudo isso e me mande, ai poderemos montar um horário para você. Lembre-se de colocar tudo o que você tem fazer, inclusive com os filhos e o maridão.
Nesse primeiro momento não adianta muito pensar em quanto tempo você será nomeada. Isso é muito relativo. Mas qualquer pessoa pode conseguir.
Vou aguardar seu retorno, ok?
Um abraço.
26 abril 2010 15:00
Rogerio dá as primeiras instruções para Helga
Depois do diagnóstico feito pelo juiz do trabalho e especialista em técnico de estudos Rogerio Neiva e da coach ontológica, Sabrina Ferroli, os profissionais avaliam Helga. Cada um deles desenvolveu um texto pontuando as questões mais pertinentes. Acompanhe:
Rogerio Neiva
Desde o primeiro contato, senti que Helga ainda não havia compreendido a importância da definição de um objetivo, em termos de carreira pública, bem como da identificação do sentido desta definição. Na verdade, considero que sequer contava a identificação de um objetivo e esse era um dos principais problemas que lhe acometia até então.
Procurei sensibilizar Helga sustentando que, da mesma forma que uma empresa precisa saber qual é o seu papel (missão), tendo clara a necessidade a ser atendida – inclusive de modo a não correr risco de vender picolé para esquimó, também necessitando ter claros os seus valores e visão. O candidato precisa não apenas ter um objetivo, mas também estar convicto e compreender o seu sentido. Tal atitude envolve a adoção de elementos fundamentais do planejamento estratégico à preparação para o concurso público.
Após os referidos esforços, os quais seguramente contaram com um relevante empurrão da Sabrina (leia a percepção dela no próximo post), começamos a afunilar, considerando o interesse de Helga por cargos na sua área de formação, ou seja, biblioteconomia. Confesso que cheguei a “forçar um pouco a barra” para decidirmos logo isto, ou seja, houve um momento em que disse “vamos começar as analisar os editais de concursos da sua área e pronto!”.
E assim fizemos. Criamos um programa próprio para ela, considerando as matérias e conteúdos das seleções de seu interesse. Ou seja, definimos o primeiro elemento do seu planejamento estratégico, correspondente ao concurso (Concurso da Área de Biblioteconomia) e em seguida definimos o programa.
O passo seguinte seria montar o plano no Tuctor (www.tuctor.com.br). Mas isto foi um verdadeiro desafio. Tivemos que fazer algumas adaptações no sistema para comportar o planejamento. Veja abaixo como ficou:
I- GRUPO DAS MATÉRIAS GERAIS
Direito Constitucional
Direito Administrativo
Língua Portuguesa
Língua estrangeira
II- GRUPO DAS MATÉRIAS ESPECÍFICAS
Matérias Básicas/ Prejudiciais/Anteriores/Primárias:
Planejamento e serviços de informação
Indexação
Catalogação
Classificação Bibliográfica
Formação e desenvolvimento de coleções
Normalização
Gestão do conhecimento
Noções de arquivologia
Matérias Complementares/Específicas/Poteriores/Secundárias:
Armazenamento e recuperação de material bibliográfico
Linguagens documentárias
Serviços de referencia
Serviços de alerta e disseminação da informação
Estudo e perfil do usuário
Marketing
Informação para biblioteca
Gestão do conhecimento
Ética Profissional
Biblioteca Digital
Índices, desenvolvimento e gestão de coleções
Computação
Documentação e informação
Portanto, Helga tem 25 matérias para estudar. Destas, quatro não são específicas da sua área, sendo que 21 são específicas. Como não é possível criar uma grade semanal com todas elas, foi proposto criar grupos de matérias vinculadas que possam ser estudadas em sequência.
Concluída essa etapa, Helga já pode começar a execução do seu plano, sendo que estarei a monitorando, pois tenho acesso à sua conta de estudos no sistema.
26 abril 2010 15:10
Sabrina avalia desempenho de Helga
Depois do diagnóstico feito pelo juiz do trabalho e especialista em técnico de estudos Rogerio Neiva e da coach ontológica, Sabrina Ferroli, os profissionais avaliam Helga. Cada um deles desenvolveu um texto pontuando as questões mais pertinentes. Acompanhe:
Sabrina Ferroli
O trabalho com a Helga vem sendo construído sobre as perspectivas e as razões que a motivam a estudar. Não se trata de uma proposta fácil e simples, uma vez que a base de nossas emoções sustenta nossas motivações.
O resultado que iremos conquistar necessariamente alimenta nosso desejo de buscá-lo. Porém, o que é comum é construirmos nossos objetivos sem levar em conta o caminho, os percalços e as perdas, ou seja, o que precisamos abrir mão para alcançar o que aspiramos.
Quando falamos em estudar para passar em um concurso, estamos falando em abdicar de uma rotina onde havia liberdade e abraçarmos a disciplina de diariamente nos debruçarmos sobre os livros, textos, apostilas, exercícios, na busca de internalizar, memorizar e compreender o que é lido.
Certa vez, ouvi de uma cliente que você sente que aprendeu, o que vem estudando, quando os conteúdos começam a “fechar-se” dentro do seu entendimento, ou seja, quando se começa perceber a grande teia que se forma a partir do conhecimento adquirido. É essa teia que chamamos de “saber”.
A Helga vem procurando identificar em suas questões emocionais suas verdadeiras motivações para ser uma funcionária pública. Você pode estar se perguntando agora no que isso influencia nesse processo e para entendermos melhor, é preciso relembrar que estamos diante de uma candidata que vem estudando para concursos, anteriormente sem um foco definido, há mais de um ano.
Qual seria a razão para, até então, não saber o que se busca? O que foi percebido, no processo com a Helga, é que o seu real desejo, além dos benefícios de ser uma servidora, há o desejo de fazer parte de um grupo, de pertencer, seja que grupo for. Atualmente, estamos alinhando suas pretensões, necessidades e possibilidades, para sua adequação.
Essa fase de transição, onde você deixou um emprego, seguindo tradicionalmente a direção de construir seu futuro, empregando-se em uma empresa, planejando sua carreira e buscando no mercado a melhor colocação, para voltar ao status de estudante, muitas vezes abrindo mão de um salário, de sua vida social, de rotinas e condições já conquistadas, não é fácil.
Não há dúvidas de que isso gera certo sofrimento e muitas vezes é no resultado almejado em que se seguram os concurseiros.
Cabem aqui algumas reflexões:
1) é preciso estar consciente de que essa é uma escolha sua;
2) esta etapa é uma fase e, como tudo na vida, em um determinado momento, mudará;
3) se você refletiu, avaliou a viabilidade e tem se aplicado, o resultado acontecerá. É uma questão de dedicação versus tempo.
A construção com a Helga tem sido feita em cima dessa correlação. Reduzir a ansiedade, motivá-la e fazê-la refletir e sentir que esse caminho que ela escolheu é viável e que é preciso trabalhar para conquistar seu objetivo.
Com essa estratégia e sob a orientação de estudos com o prof. Rogerio, Helga tem tido maior tranqüilidade para estudar. Mudou o seu local de estudos para uma biblioteca mais ampla e silenciosa. Ajustou seus horários de estudo e tem relatado estar se sentindo mais motivada para estudar.
Agora é preciso contar com o fator tempo e continuarmos o processo, com dedicação e afinco.
03 maio 2010 10:00
Adaptações de Helga
Helga recebeu as instruções do juiz do trabalho e especialista em técnico de estudos Rogerio Neiva e da coach ontológica, Sabrina Ferroli, e começou a por a mão na massa. Como será que ela está lidando com tudo?? Acompanhe o relato dela abaixo:
Helga Oliveira
Estou há uma semana com o Sistema Tuctor em ação. Quer dizer, ele não ficou parado. Antes tive outras atividades como levantar a bibliografia necessária, conseguir o material, entender melhor como o sistema funcionava (com ajuda do prof Rogério) e então alimentar o Tuctor com esses dados. Precisando também coordenar o meu tempo disponível e me programar para dividir as horas de estudo, tudo dentro do sistema.
Não escolhi ainda a biblioteca. Conto com questões como silêncio, transporte, proximidade de casa e alimentação. Minhas opções estão sendo avaliadas. Já experimentei a BNB (Biblioteca Nacional, do lado da rodoviária) mas só abre às 9h e não tenho onde esquentar minha marmita. Experimentei o Bacen, que abre às 8h e tem micro-ondas, mediante autorização de acesso ao andar da Copa. Estou vendo como isso funcionaria porque é um pouco longe da Rodoviária para caminhar com os livros de um dia inteiro.
Atualmente tenho usado a Biblioteca do Cruzeiro mesmo. É perto de casa, onde posso almoçar e não gasto tempo/dinheiro com deslocamentos. E ainda há os rostos conhecidos daqueles que estão sempre lá estudando, o que é um estímulo a mais. O maior problema, talvez o único, seja o barulho por causa da creche que fica ao lado e a própria arquitetura da biblioteca, que não favorece o silêncio. Estou procurando um protetor novo para o ouvido, com isso a questão estará resolvida também, espero.
Estou estudando 4 horas de manhã, 4h à tarde e 2h à noite, totalizando 10 horas por dia, o que é bem pesado. O que tem me ajudado é mudar sempre de matérias. Cansa um pouco menos, mas, mesmo assim, estou me esgotando. Um bom motivo para eu procurar alternativas de gerar mais resistência. Há um calçadão perto de casa onde posso fazer caminhar ou correr e fazer circular a energia. Tenho muita esperança de que na próxima semana isso se torne mais fácil e assim sucessivamente. Também torço para me adaptar bem e acrescentar mais uma hora à noite. Parece quase desperdício não estudar 3h à noite, mas só o tempo dirá.
Como eu estudei só alguns dias, eu achei legal ver o programa (Sistema Tuctor) mostrando o recurso de feedback de tabelas. Visualizar o plano funcionando realmente faz a diferença. Em algumas partes o programa é até bem cruel. Como não estava com os resultados preenchidos ele me dizia "você tem um plano de X e só fez Y. Está faltando Z para você completar" em letras vermelhas acusadoras. Mas ele vai ver, vou preencher tudo lá ao final da semana.
Ter um cronograma de estudos fez a roda girar totalmente. O difícil vem agora: conseguirei dar continuidade e não deixar a peteca cair? Hoje fiquei me visualizando no cargo, pensando na roupa que iria, no dia-a-dia de trabalho. Muitos sugerem isso para vermos nossos sonhos como algo palpável mesmo, algo real.
É uma tarefa difícil de mudança, como começar uma dieta ou ir à academia. Pensar em desistir é algo constante e a briga é diária. Lembro-me daquela frase de vivendo um dia de cada vez. É como estou. Não quero estudar por um ano, quero estudar só por hoje. É do tamanho que aguento, é bem mais fácil de lidar e menos provável de desistir.
Falta de hábito de estudar é um grande fator contra. Revisar, reler.. nunca fiz isso. E hoje sofro com essa falta de disciplina. Mas como o tempo não me espera sou obrigada (ou, me obrigo) a continuar, estou tentando não perder a hora dos estudos pois o tempo está correndo
10 maio 2010 16:07
Progressos de Helga
Os profissionais Sabrina Ferroli (coaching) e Rogerio Neiva (especialista em técnicas de estudo) avaliam a evolução da Helga no Concursório. Confiram:
Sabrina Ferroli (Coach Ontológica)
O método de estudos foi implantado. O acompanhamento dos quesitos emocionais estão acontecendo e eu estava desejosa de avaliar os progressos conquistados por Helga, desde nosso último encontro.
A surpresa foi muito positiva! Estava diante de alguém que havia encontrado uma forma, com o suporte oferecido por uma metodologia de trabalho complementar, de encontrar o norte de sua própria determinação e de melhorar sua disciplina nos estudos.
Os resumos, escritos à mão, comprovavam um avanço de horas de estudo sistematizado e de sua dedicação.
Essa semana, Helga relatou que estava mais fácil assimilar os conteúdos. Percebia que os assuntos a serem estudados exigiam, em um primeiro momento, maior esforço para “engatar” na leitura e depois de um certo tempo, ela tornava-se agradável e os conteúdos passavam a se encaixar em sua cabeça. Quando percebia, o alarme soava e já era hora de mudar de tema. Mas logo agora, que estava tão bom?
Tudo, para ser colocado em movimento, precisa ter sua inércia interrompida! Não foi isso que aprendemos com Galileu inicialmente e que depois foi confirmado por Isaac Newton? A idéia é que qualquer corpo tende a manter o movimento em que se encontra, ou seja, se está parado, tende a ficar parado; se está em movimento, tende a não findar o movimento, nem aumentar a velocidade.
Podemos interpretar esta situação da seguinte maneira: todos os corpos são "preguiçosos" e não desejam modificar seu estado de movimento: se estão em movimento, querem continuar em movimento; se estão parados, não desejam mover-se. Essa "preguiça" é chamada pelos físicos de Inércia e é característica de todos os corpos dotados de massa.
Vejam bem como este conceito pode ser aplicado às nossas vidas. Já ouviram falar que quanto menos se faz, menos tempo se tem?
Quando o objetivo de ser um funcionário público é, de fato, internalizado pelo concurseiro, os boicotes, os mecanismos de defesas, as escusas vão perdendo a força e não mais sustentados.
O fato é que para romper a inércia é exigida uma força inicial intensa, ou seja, começar nada é fácil, porém com o tempo as coisas vão entrando no ritmo e você vai sendo capaz de administrar aquilo que tornou-se rotina.
Não existe mágica! A dedicação e a capacidade de organizar-se dentro deste processo, para alcançar o seu objetivo é que o diferenciarão dos demais candidatos.
Estar alinhado emocionalmente, o que significa menor ansiedade, maior centramento, clareza no objetivo e percepção ampliada dos ganhos, faz com que a energia psíquica que te compõe seja direcionada para a aquisição de conhecimento e manutenção da informação adquirida.
Vamos lá! Optar pela inércia do movimento! Disciplina e disposição!
Parabéns, Helga, por suas conquistas!
Rogério Neiva (Especialista em técnicas de estudo)
Após a estruturação do planejamento da preparação da nossa candidata, o grande desafio seria o início da execução do plano estabelecido.
Destaco que a primeira etapa envolveu dois momentos fundamentais. Um voltado ao levantamento de informações e dados relevantes para a estruturação do planejamento, tal como concurso pretendido, matérias e conteúdos correspondentes, horários que seriam disponibilizados e fontes de estudos. O segundo envolveu efetivamente a estruturação do plano, o que exigiu algum trabalho e reflexões, inclusive para que fossem inseridas as variáveis e dados na conta de estudos no Sistema Tuctor. Aliás, tivemos que fazer ajustes no sistema para que se adaptasse ao plano da Helga.
Muito bem, superada a referida etapa, minha grande preocupação era se a nossa candidata iniciaria, conforme combinado e as minhas expectativas, a execução do seu planejamento da preparação para o concurso. E ainda tivemos um contratempo. É que eu considerava importante que se estudasse por um livro de Constitucional que já estivesse atualizado até a Emenda 64, sendo que o livro que estava em vias de sair não chegava.
Mas o fato é que não apenas Helga inicou a execução do seu plano, como ficou bastante angustiada com o livro que não chegava. Não tenho dúvida de que este fato revela o compromisso e envolvimento com a preparação para o concurso, o que é ótimo. Assim, me senti aliviado. Muitas vezes a grande dificuldade é este início ser efetivamente desencadeado.
Tenho acompanhado o estudo de Helga por meio do Tuctor. Analisando os indicadores de desempenho, comparado com os indicadores de matas de desempenho, vi que nas duas semanas as metas de horas e unidades de estudos não foram alcançadas. Mas não estão muito fora do objetivo e, pelo histórico dos usuários comprometidos, isto é mais do que natural. Além disto, as metas de unidades por hora não apenas foram alcançadas, como foram superadas.
Enfim, considero, por um lado, que já conseguimos uma primeira vitória, correspondente ao início do processo, e estamos trilhando um bom caminho.
17 maio 2010 09:18
Disciplina, um baita exercício
Ser servidora do Supremo Tribunal Federal (STF) é o sonho da concurseira Helga Oliveira, 27 anos. Ela foi escolhida pelo S.O.S Concurseiro para ser orientada, ao longo de quase quatro meses, pelo juiz do Trabalho Rogerio Neiva, especialista em técnicas de estudo, e pela coach ontológica e psicóloga Sabrina Ferroli. Desde o fim de março, a bibliotecária tem se reunido com os profissionais para identificar suas dificuldades e montar um plano de estudo. Os resultados começam a aparecer.
“O trabalho vem sendo construído sobre as perspectivas e as razões que a motivam a estudar. Não se trata de uma proposta simples”, explica Sabrina, acrescentando que o preparo para concursos exige muito mais do que leituras e exercícios. “Estamos falando de abdicar de uma rotina onde havia liberdade e abraçar a disciplina.”
Esse foi um dos obstáculos que Helga precisou transpor. A preocupação de Rogerio e Sabrina não foi com o tempo que a concurseira levaria para ser aprovada, mas com a forma que ela se veria sendo uma servidora pública. “Senti, em um primeiro momento, que Helga ainda não tinha compreendido a importância de um objetivo, bem como o sentido dessa definição”, comentou Rogerio.
Ultrapassado esse impasse, Helga ficou segura com o caminho a seguir. “Decidi que farei concursos para a minha área e, como objetivo final, serei servidora do STF”, disse. Esse foi o primeiro elemento do seu planejamento estratégico. O passo seguinte foi montar o plano de ação. “Tenho 25 matérias para estudar, sendo quatro que caem em praticamente todos os concursos e as demais são da minha área”, detalha.
A orientação de Rogerio foi distribuir as disciplinas ao longo da semana, levando em consideração os pontos em comum entre elas. Helga usou o Sistema Tuctor, ferramenta de preparação criada pelo juiz. Montou uma grade com 10 horas de estudo por dia: quatro pela manhã, quatro à tarde e duas à noite. “A única coisa que ajuda é o fato de eu estar sempre mudando de matérias”, explica a candidata.
Depois da primeira semana, ela avaliou positivamente o sistema. “Visualizar o plano funcionando faz diferença, mas em algumas partes, a ferramenta é bem cruel”, conta, lembrando que há cobrança quando as metas semanais não são atingidas. “O sistema acompanha o rendimento do candidato e exige explicações quando os estudos ficam aquém do esperado”, explica Rogerio.
O local escolhido por Helga para ser seu “segundo lar” por alguns meses foi a biblioteca pública do Cruzeiro. “Fiquei na dúvida se era a melhor opção. Procurei outras bibliotecas, mas levei em consideração o tempo gasto com deslocamento e os gastos com transporte e comida. Preferi ficar perto de casa”, comenta a bibliotecária.
Progresso
Com o método de estudo implementado, Helga ficou mais animada e consciente do compromisso que assumiu. A mudança de atitude foi percebida por Sabrina. “Foi uma surpresa muito positiva! Estava diante de alguém que havia encontrado um norte”, disse a coach. Segundo os relatos da bibliotecária à psicóloga, assimilar os conteúdos ficou mais fácil. A profissional avalia de forma mais ampla. “Quando o objetivo de ser funcionário público é, de fato, internalizado, os boicotes, os mecanismos de defesa, as escusas vão perdendo a força e não são mais sustentados”, argumenta.
Os progressos conquistados, até o momento, também são destacados por Rogerio. “Ela ainda não conseguiu cumprir as metas de horas e unidades de estudo, mas não considero um fracasso. Acho que é normal dado o período de adaptação à nova rotina. Não houve fuga do objetivo e acredito que estamos em um bom caminho.”
23 maio 2010 11:02
Helga sente dificuldades de manter o ritmo mas profissionais sugerem soluções
Os estudos de Helga avançam, mas ela fica com receio de fracassar. As dificuldades em cumprir o cronograma e a falta que tem feito as atividades físicas foram discutidas essa semana. Veja como Sabrina Ferroli e Rogerio Neiva avaliam essas questões
Sabrina Ferroli
Coach Ontológica
E agora? O que eu faço com o medo de não dar conta?
Assim foi o nosso último encontro. Helga expõe sobre suas angústias. A principal delas foi o medo de não dar conta de continuar no caminho escolhido, correndo o risco de desistir ou não conseguir ser aprovada em alguma prova que a conceda o título de funcionária pública.
Primeiro, precisamos lembrar que nossas escolhas nos direcionam na vida e em paralelo nos exigem um investimento. O resultado dependerá diretamente de nossa dedicação para alcançar nosso alvo.
O medo é natural e saudável. Você sabia disso? Ele é um regulador de ações. No mínimo nos leva a algum questionamento antes de nos lançarmos em uma empreitada, que muitas vezes podia, ao longo da história, custar nossas vidas.
Porém, há um contexto na atualidade, que difere do que já aconteceu no passado. Nosso medo hoje não é da morte eminente, da guerra, das invasões. Nossos medos mudaram como mudou a humanidade ao longo do tempo.
Nossos medos hoje estão diretamente ligados, em sua maioria, às nossas questões de satisfação e realização. São perguntas como: será que eu serei um profissional de sucesso? Será que constituirei uma família modelo? Será que poderei desfrutar a vida com o dinheiro que acumularei? Entre outras, esses questionamentos vão alimentando nossa insegurança e muitas vezes nos deparamos com a vontade de nem tentar.
O medo paralisa!
Quando estabelecemos um objetivo, é preciso avaliar seus riscos, suas possibilidades de sucesso e de fracasso, mas acima de tudo é importante contar com uma dose saudável de otimismo e esperança.
Diante das circunstâncias, a vida de concurseiro exige motivação, persistência, dedicação e paciência, mas exige também que você seja capaz de avaliar e superar seus medos, tratando-os com honestidade e lucidez. Para tal, é preciso questionar-se sobre qual o fundamento desse medo, ou seja, o que de fato eu temo? Sua funcionalidade, que nos leva ao questionamento: Para que me serve esse medo?
O importante nesse processo é avaliar sua postura diante dessa emoção. Transitar do medo para a possibilidade da realização transforma o observador que somos no mundo. O que precisamos estar atentos é que ao longo desse caminho muitas emoções surgirão. O diferencial não é não senti-las, pois isso é impossível e nos descaracterizaria do que somos: humanos, mas sim de saber nos posicionar diante delas, quando surgirem, o que é uma constância.
Sendo assim, sinta! Viver é sentir, não é ficarmos conjecturando como as coisas seriam se tivessem sido. Só saberemos o resultado se tentarmos. Só saberemos o caminho se caminharmos, mas o mais bonito da vida é termos sempre uma nova chance.
Estude, dedique-se, acredite, persista. O resultado chega. É uma questão de tempo e esforço! Essa é a lei do universo.
Sucesso a todos!
Rogerio Neiva
Especialista em técnicas de estudo
Cada vez mais me convenço que o processo de preparação para concursos precisa ser encarado de maneira séria, racional, sistematizada e cientificamente metodizada. Digo isto com base na minha experiência de candidato e estudioso do assunto (sob vários ângulos, desde dos métodos de gestão ao da aprendizagem). Mas não nego que muito tenho aprendido na experiência com a Helga, inclusive de modo a reforçar a referida convicção.
Nas últimas semanas considero que a nossa candidata vem começando a dar sinais de dificuldades com o esforço intenso e de forma disciplinada. Daí faço uma pergunta: porque não havia sentido isto antes? Porque não teve esta sensação de angústia e dificuldade quase desesperadora – ao menos na minha visão, nas experiências anteriores ao ingresso na Preparação-Concursório? Resposta: por que não tinha planejamento e sistema de monitoramento e controle!
Não obstante o referido aspecto, considero que precisamos rever o plano de Helga. Entendo que ficar 10 hs por dia estudando e sem uma atividade física é inviável. É inviável do ponto de vista físico e do ponto de vista intelectual. Por mais que se diga que cada candidato tem os seus limites e capacidades. Nós vamos rever isto. É preciso que Helga adote uma atividade física ou de relaxamento entre o segundo e terceiro turno de estudos.
No mais, apesar de toda a angústia, na semana passada tivemos avanços no alcance das metas estabelecidas no Tuctor. Às custas de choro e reclamação!!!!
31 maio 2010 10:05
Helga faz um balanço das cinco primeiras semanas de estudo
Helga tenta adapatar as orientações dos profissionais com as necessidades que tem. A falta de atividade física deve ser sanada depois de algumas mudanças nos horários. Vejamos o que ela conta:
Helga Oliveira
Hoje começo minha sexta semana de trabalho. E, aos poucos, precisei readaptar meus horários para render mais. Reduzi de 10 horas para 8 horas por dia. Tirei 12 horas da semana, no total. Isso aconteceu por alguns motivos:
Tive a liberdade para fazer isso por ver (através do abençoado Sistema Tuctor) os resultados dos meus esforços nos estudos. As inúmeras estatísticas do programa me mostraram isso.
O nível de ansiedade baixou depois que vi os tais resultados já alcançados no sistema e vi que dá pra manter o pique, se eu souber administrar. Até porque eu estava precisando achar tempo para fazer atividade física. Tenho sentido falta disso. Também senti falta de frequentar o centro espírita e o local que gosto de fazer meditação. Essas coisas vão ocupar uma vez por semana, cada, mas o resultado fará toda a diferença.
Ou seja, digo que as coisas não mudaram porque nada disso ocorreu da noite para o dia. Fui pensando e fazendo essas alterações ao longo das semanas. Já tive estes tipos de piques de execução de atividades antes. Mas é bom sentir que estou de volta. Olhando pra trás é que dá pra comparar: que diferença faz ter apoio e um novo plano.
21 junho 2010 08:41
Que venha a concorrência!
Orientada por especialistas há três meses, Helga começa a se preparar para estudar sozinha. Com o acompanhamento, candidata ao STF está mais tranquila e confiante
Edílson Rodrigues/CB/D.A Press
“Aprendi muito. Melhorei o que já sabia e sei aproveitar melhor as horas de estudo”
Um turbilhão de sentimentos e aprendizagens rodearam Helga Oliveira nos últimos três meses. Desde que começou a ser orientada pelo especialista em técnicas de estudo Rogerio Neiva e a coach e psicóloga Sabrina Ferroli, a concurseira experimentou o conforto e o desconforto de estudar para concursos. Aspirante a um cargo de analista do Supremo Tribunal Federal (STF), a jovem bibliotecária de 27 anos aperfeiçoou os conhecimentos que tinha sobre como se preparar para seleções públicas com a ajuda dos profissionais. A trajetória dessa história tem sido contada no Concursório, projeto publicado no blog S.O.S Concurseiro e aqui, no Eu, concurseiro.
A evolução ao longo desses meses é visível. “Percebo que ela conseguiu coordenar sua capacidade cognitiva e fortalecer sua disciplina para os estudos”, comentou Rogerio Neiva, que é juiz do trabalho e professor de cursos preparatórios. Na visão de Sabrina, a conquista de Helga é motivo de comemoração. “Quando comecei a atendê-la, ela estava assustada e com um alto nível de estresse. Em poucas sessões, senti que Helga está mais tranquila e tem mais certeza do que quer e de como alcançar isso”, diz a coach. Esses pontos exigiram cuidado no início do projeto. A preocupação de Rogerio e Sabrina não era com o tempo que a concurseira levaria para ser aprovada em uma seleção, mas com a forma com que ela se veria no cargo. “Ela não tinha compreendido a importância de se ter um objetivo e o sentido dessa definição”, comentou o especialista em técnicas de estudo depois dos primeiros encontros.
Organização
Pouco depois que se formou em biblioteconomia, em 2007, a brasiliense percebeu que faltava um espaço para ela na iniciativa privada. Com salários médios de R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil, seria difícil pôr em prática alguns planos e sonhos, como viajar e praticar esportes radicais. A solução encontrada foi se dedicar integralmente aos concursos.
Antes da ajuda dos especialistas, as longas horas de leitura e exercícios não surtiram o resultado desejado. “Consegui ser aprovada em dois ou três (concursos), mas fora do número de vagas do edital”, lembra Helga, que completa: “Vi, um por um, meus amigos passando em concurso e me perguntava por que não dava certo comigo”. Cansada do esforço não recompensado, ela procurou o S.O.S Concurseiro pedindo orientação e foi acolhida por Rogerio e Sabrina.
De um lado, o juiz do trabalho esquematizou a rotina de estudos por meio do Sistema Tuctor, que ele mesmo criou. “É uma forma de sistematizar, planificar e racionalizar o processo de preparação”, explica. De outro, os aspectos emocionais e motivacionais foram trabalhados por Sabrina Ferroli, especialista em coaching. “Suas principais fraquezas eram a dificuldade em manter o foco e assumir as responsabilidades de suas escolhas. Boa parte disso ficou para trás”, pontua Sabrina.
Ajustes
No início, a grade de estudo tinha 10 horas por dia: quatro de manhã, quatro à tarde e duas à noite, seis vezes por semana. Por quatro semanas, o planejamento funcionou, apesar do cansaço. “Não estava fazendo atividades físicas e me desgastei muito. Preferi reduzir as horas da noite para descansar”, conta Helga. Mesmo cortando 12 horas semanais, o rendimento aumentou. “Considerando a produtividade das últimas semanas e principalmente da última, as metas estão sendo perfeitamente cumpridas”, detalha Neiva.
Para as duas próximas semanas, a reta final do Concursório, Sabrina e Rogerio farão os últimos ajustes para que a concurseira possa seguir sozinha. “Aprendi muito. Melhorei o que já sabia e sei aproveitar melhor as horas de estudo”, comenta Helga. Ela sabe que a trajetória mal começou e que ainda há muito a ser feito. “Essa é só a primeira etapa de muitas até eu conseguir ser aprovada. Estou no caminho certo.”
E você, precisa de ajuda? Mande suas dúvidas e dificuldades para nossos especialistas por comentários ou por e-mail (sosconcurseiro@gmail.com)